terça-feira, 20 de setembro de 2011

GP da Bélgica – Magic Spa!!!


O GP da Bélgica neste ano evidenciou o que há de melhor no automobilismo: desafios em alta velocidade. Os circuitos de Hermann Tilke são bons para os carros atuais, que fazem curvas, digamos, quadradas (?). Pois é, quadradas! Nos circuitos novos, com muitas curvas em 90 graus, quinas e seções de semi-retas (nossa parece aula de geometria) são feitos para os carros atuais que funcionam melhor quando só tem que frear forte, jogar o carro em cima da zebra e sair acelerando o mais breve possível. Não apresentam curvas longas, que começam abertas e fecham de repente, ou o contrário. E é em pistas assim, como a de Spa e Interlagos (esperem pela melhor corrida no ano em Interlagos!) que os bons pilotos prevalecem.
Depois da impressionante classificação do Bruno Senna no sábado, classificando-se em sétimo à frente de Fernando Alonso (chupa, Alonso!), Bruno Senna cometeu um erro até que esperado na largada. Sem experiência com o carro pesado, largou um pouco mal, se empolgou, deixou pra frear muito tarde, fritou os pneus na freada e deu no meio do Alguersuari. Este tocou no Alonso e quebrou a roda dianteira esquerda de seu Toro Rosso, abandonando a corrida de imediato, depois de alcançar a melhor classificação de grid (sexto, ao lado do Bruno Senna) na F1. Bruno quebrou a asa, levou um drive-through e fudeu sua corrida toda. Mas não apaga o seu belíssimo desempenho no geral. Alonso, sortudo como sempre, nada sofreu e continuou na corrida. Continuou mas tomou pau de todo mundo. A ultrapassagem que tomou do Webber, que é fraco em disputa, foi a mais bonita do ano (é a foto que ilustra este post lá em cima). Na confusão, Rosberg pulou na ponta seguido de Vettel, Webber, Massa, Alonso e Button. As Red Bull estavam com bolhas nos pneus devido ao uso de uma cambagem excessivamente negativa. Pararam logo no início. Na volta Alonso estava na frente e foi surrado por eles. Antes Alonso passou Felipe (freguês) e trouxe consigo o Rosberg.
E o pau comendo! O esquema era subir a Eau Rouge colado no carro da frente, abrir a asa na reta Radillon e deixar pra frear lá no Deus me livre. Mas houve muitos pegas no miolo do circuito também, sem a ajuda da asa móvel. Foram várias durante a corrida inteira, em disputas apertadíssimas, roda a roda, a menos de um fio de cabelo um do outro. Pilotar assim no limite sem tocar ou bater é foda. Lindo de se ver. É impressionante como as disputas na F1 atual são parecidas com aquelas que travamos nos games. Os caras perderam o medo e estão indo pra cima, botando de lado e seja o que Deus que quiser. Até o Webber, mandou bem pra cima do Alonso.
 Alonso saía dos boxes a toda velocidade e atrás vinha o Webber abrindo a volta. Alonso tentou sair fechando o Webber, mas o australiano (que, repito, sempre foi fraco na hora do pega pra capar) não quis nem saber. É isso. Bota de lado, entra junto na curva. Alguém tem que tirar o pé. Se não bate. E o Alonso afinou. Foi linda a ultrapassagem.
No fim o bi-campeão Vettel (sim, já era) venceu mais uma (a sétima em 12 disputadas) e caminha tranqüilo para mais um caneco. Resta aos outros as disputas e os pegas que se divertem o público diverte ainda mais os pilotos.  

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