segunda-feira, 27 de junho de 2011

Valência

Sebastian Vettel celebrates victory

Pode uma temporada de F1 dominada por um só piloto ser boa? Pode. Tanto pode que vem sendo este ano. Desde a primeira prova vimos grandes duelos e muitas ultrapassagens. Umas mais artificiais (quando o cara passa no meio da reta e faz a freada sem esforço, por conta da asa móvel), outras mais disputadas, por fora, travando roda, enfim, a temporada está sendo boa neste sentido. Mas ainda existem pistas como de Valência e pilotos como Webber, Massa e Alonso.
“Ah, mas o Alonso passou o Webber!”. Sim, passou. Mas depois ficou lá andando rápido, mas sem chegar perto do Vettel. E convenhamos, o Webber é fraco no duelo. Massa largou muito bem como sempre. Como sempre ficou para trás depois. A reta dos boxes é longa com uma curva leve à direita, no meio. Então se um piloto larga mal, como o Alonso sempre larga (com exceção de Barcelona), ele ainda tem chances de se recuperar até a primeira freada. Acho que o Massa devia jogar mais F1 no PS3. Eu sabia que na primeira curva, na largada, a melhor opção é ir por fora, como fez o Alonso. O Massa pulou para terceiro logo nos primeiros dez metros e tentou por dentro do Webber na freada para tentar a 2ª posição. Se tentou, por que não foi? Colocasse o carro do lado e deixasse o Webber (que como eu já disse é fraco em duelo) esparramar-se para cima do Alonso que, aliás, deve ter jogado o F1 no PS3 e passou o Massa sorrateiramente por fora. Como sempre faço no PS3. Mas isto não é videogame, dirão vocês. Em primeiro lugar não chame de videogame e sim simulador, por favor. Em segundo quem é fã de F1 e joga (bem) este jogo sabe do que eu estou falando. Até os pilotos profissionais concordam comigo. Mas isto é assunto para outro post.
Sebastian Vettel leads into turn two at the start
A corrida até que teve alguns duelos, como as curvas roda a roda do Schumacher com o Maldonado (já começa a preocupar o Rubinho este rapaz) e com o Petrov, de Kobayashi, Rubinho, Petrov e Alguersuari e Di Resta brigando, travando roda como numa corrida de kart, a ultrapassagens mais ou menos do Alonso sobre o Webber e só. Para uma temporada como esta a corrida foi bem chata. Depois de Mônaco achei que não teria mais corrida sem graça. Mas esta foi de dar sono. Ainda acho que é culpa dos pilotos. Se o Hamilton não tivesse errado na largada talvez as disputas pelas primeiras posições fossem mais interessantes.
Michael Schumacher clips his front wing against Vitaly Petrov's Renault
 Aliás, e as McLaren hein? Tão tomando pau das Ferrari. Acho que as limitações no mapeamento do motor (tem que ser o mesmo para classificação e corrida, a partir desta prova) afetaram mais a McLaren do que a Red Bull. Hamilton conseguiu a terceira posição no grid no braço. Já Button foi mal o fim de semana todo. Não houve tática que o ajudasse desta vez. Na última corrida toda a imprensa ficou incensando o piloto inglês devido a sua vitória no Canadá. Eu disse na ocasião que foi muito mais sorte do que qualquer outra coisa. Nenhum piloto é excepcional somente em algumas provas. Isto o Massa e o Rubinho também já foram. Tem que ser como Vettel. Ser excelente sempre. Mesmo Vettel ainda não é gênio. Faltam umas corridas heróicas, de recuperação, passando todo mundo. Mas confesso que torço para que isto aconteça.
No resto, a Mercedes como sempre caiu muito de produção na corrida, a Williams demonstra uma pequena melhora (Maldonado evoluiu mais que o time), a Renault desceu e se juntaram a Sauber, Force Índia, Williams e Toro Rosso. Sem Kubica, a equipe não consegue tocar o desenvolvimento do carro. Heidfeld está ameaçado. Consta que foi chamado visando o desenvolvimento do carro, pela fama de bom acertador de carro que tem. Mas o alemão não tem correspondido nem neste quesito. Todos os pilotos que tiveram esta como qualidade principal, não chegaram a lugar algum. Deviam ser mecânicos e projetistas então. Acho que está na hora de testar o Bruno Senna. Pelo menos tem mais personalidade que Heidfeld.
Como li no blog do jornalista Victor Martins, uma corrida onde o Kobayashi não andou bem e foi apagado não pode ter sido boa.
Ainda bem que a próxima prova, em Silverstone, tem tudo para ser diferente. 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Montreal Race Day

 Os pilotos da F1 de hoje já podem ser comparados com os grandes do passado. Pelos menos Vettel, Hamilton, Button e Kobayashi e, vá lá, o Alonso e Massa de vez em quando. Mas ainda não estão no patamar de gênios como Senna, Prost, Piquet, Gilles Villeneuve ou Jim Clark.
 A corrida de ontem foi eletrizante. Vettel sempre na frente, mas numa corrida com tantos safety cars e chuva, tudo pode acontecer. E aconteceu. Vettel errou na última volta. Para sorte de Button, pois acho que ele não passaria.  Se o Button fosse brasileiro, hoje só se estaria falando nisso.  Ele foi muito ajudado pelos SC, mas correu com extrema inteligência e pitadas de agressividade. Como nos lances com Alonso e Hamilton. Com o Hamilton acho que não foi na maldade, mas também acho que o Hamilton não errou. Saiu colado e com mais velocidade. Creio que qualquer outro piloto macho faria o mesmo. Já contra o Alonso acho que ele foi para o foda-se. E como foi contra o Alonso, foda-se mesmo. Button venceu com seis paradas nos boxes. Já tinha visto o Schumacher ganhar uma prova na França em 2004 com quatro pit-stops, nos tempos de Ferrari, mas seis é impressionante. Por falar nele, o alemão voltou à velha forma ontem. Fez uma corrida agressiva e merecia o pódio. Cheguei a torcer por ele, confesso. Webber também fez outra excelente corrida de recuperação, depois que foi tocado por Hamilton (normal de corrida) na largada. Ele e Button passaram Schumacher na reta por causa da asa móvel, se não, acho que não passariam.
Mas o pega mais legal da corrida foi do Kobayashi x Massa. Eles se pegaram durante quase toda a segunda parte da corrida (lembrando que a corrida teve que ser interrompida durante duas horas por causada chuva). Numa destas disputas, Kobayashi deu uma escorregada na terceira chicane e o Massa pôs por fora. Lado a lado, os dois ficaram mais lentos que Schumacher que não perdoou e passou os dois de uma vez. Na sequência Massa passou Kobayashi. Massa enfim andou melhor que o Alonso durante toda a corrida. Poderia até disputar a vitória com Vettel no final, pois estava à frente de Button, mas a falta de estrela de campeão o fez bater ao desviar de um retardatário. Como estava de pneus para seco, derrapou ao sair do trilho. Teve que e ir para os boxes trocar o bico. No começo da prova Massa pressionou Alonso. A Ferrari deveria falar para o Alonso no rádio: “Massa is faster than you. Copy the Message?”. Mas sabemos que quem manda lá é o Alonso (manda até no fraco chefe de equipe Domenicalli). 
Mas o melhor da corrida foi o grand finale. Massa babando atrás do Kobayashi na última volta. Chega a chicane antes da reta de chegada. Massa faz um pouquinho mais rápido, embute atrás do Koba e tira de lado quase raspando sua asa no pneu do japonês. Os dois lado a lado na reta final, os dois com motor Ferrari. Deu Massa por 0:00:045, uns dois ou três dedos na frente. Animal. Massa chegou a passar reto depois no final da reta. Isto tudo por um sexto lugar. Isto é a essência do automobilismo. Brigar até o último metro, nem que seja pela penúltima posição.
Junto com o erro do Vettel, que permitiu a vitória do Button, esta ultrapassagem do Felipe nos últimos centímetros foi a cereja do bolo de um final épico de mais uma corridaça histórica.
Daqui a muitos anos lembraremos com saudade desta temporada de 2011. Tomara que não.

Cadê a corrida?


2031 em um boteco da vila madalena: - E aí, tá assistindo F1 ainda? 
-Bom ainda assisto por que sempre fui fã, mas sinto saudades da época do Hamilton, Vettel, Kobayashi, Button, Massa... 
-Ah, eu não assisto desde que o Senna morreu. Eu ainda era muito jovem, mas me lembro. Depois do Rubinho desisti de acompanhar. Hoje não tem nem brasileiro correndo, só passa na TV paga...
- É por esse pensamento que nunca mais o Brasil teve um piloto campeão de F1...
Infelizmente este pode ser o nosso cenário no automobilismo daqui a vinte anos. 
A F1 apresenta uma das melhores temporadas da história e o povo brasileiro não tá nem aí. "Ah, mas o Massa e Rubinho não ganham nada” dizem uns, "Depois que o Senna morreu..." dizem milhões de outros. E daí? Ver Vettel, Hamilton e Kobayashi correndo vale tanto quanto ver um piloto brazuca vencendo. Temos que aprender que não é só no Brasil que existem talentos. Nem no futebol. Veja Messi, Zidane, Cristiano Ronaldo, só para citar os mais recentes. 
A verdade é que brasileiro gosta mesmo é de torcer e não do esporte. Gosta de oba-oba, de festa, de bebemorar. Por isso nós, que ainda somos fã de automobilismo e não só torcemos por brasileiros, sofremos com a falta de atenção da mídia brasileira para o esporte (a globo poderia ter passado o resto da corrida no Sportv).

sábado, 11 de junho de 2011

Montreal 2

Alonso em 2º e Massa em 3º no grid amanhã.  A Ferrari realmente está bem para corrida em Montreal.  Melhor até do que em Mônaco. Pode até lutar pela vitória. E desta vez realmente a Ferrari toda foi bem, pois o Massa ficou um pentelhésimo de segundo apenas atrás do Alonso. Mas a cara com que o Massa desceu do carro deixa dúvidas. Obviamente ele acreditava que poderia ser mais rápido que e o Alonso, mas Massa sempre larga bem e largará do lado limpo da pista. Grande oportunidade de pular na frente. Então por que a cara de decepção?  Se bem conheço a Ferrari, pode ter havido alguma determinação da equipe para evitar o confronto direto entre os seus pilotos. Ou seja, ele não poderia atacar o Alonso na largada e por isso ficou decepcionado, pois queria largar na frente do espanhol. Apesar disso Massa tem mais é que ir pra cima do Alonso e foda-se. Para o seu próprio bem e para F1 também.
Mark Webber não conseguiu treinar de manhã devido a um problema no KERS do seu Red Bull, mas conseguiu ao menos ficar em 4º na frente das duas McLaren. McLaren que foi uma decepção, com Hamilton em 5º e Button somente em 7º. Mas, como eu já disse, melhor assim. Tomara que Hamilton esqueça as críticas e vá pro ataque. Outra decepção foi a Mercedes. Andou bem nos treinos livres (Rosberg chegou a liderar na sexta de manhã) e voltou a seu lugar na classificação, ficando Rosberg em 6º e Schumacher em 8º. As Lotus Renault fecharam os dez primeiros com Heidfeld superando Petrov, enfim. Achei que o Paul di Resta (Force India) ou o Kobayashi (Sauber) pudesse tomas a vaga de alguém nos top 10, mas ficou só na expectativa.
A previsão para corrida amanhã é de chuva. Não sei se é bom ou ruim, pois a corrida seria boa no seco também, mas com chuva pode ser boa ou apenas um festival de batidas e rodadas. Vamos ver.
Ops, não falei quem fez a pole. Precisa? 


Sebastian Vettel leads Rubens Barrichello on super-soft tyres

24 Heures du Mans

Como pude me esquecer das 24 horas de Le Mans? Uma das mais tradicionais prova de automobilismo está acontecendo hoje e logo nas primeiras horas de prova houve uma bagaçada violenta do escocês Allan McNish do Audi nº 3. Acelerando tudo para tentar chegar em seu companheiro de equipe que estava em primeiro, ele bateu na Ferrari 458 de Antoine Beltoise, que era retardatário, quando tentava ultrapassá-lo no esse da Dunlop. Bateu de lado na Ferrari e foi para as barreiras de pneus, onde bateu e capotou. Quase que o carro vai para a arquibancada. Pedaços de carro voaram para tudo que é lado e não sei como não acertou os fiscais de pista e os fotógrafos que estavam atrás da barreira de pneus. Vejam no vídeo abaixo. Caraca!
A corrida segue e a Audi, que colocou três carros entre os cinco primeiros do grid, segue liderando em primeiro e segundo. O terceiro era o McNish. 
Franca favorita a Audi venceu nove das últimas 12 edições da prova.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Montreal 1

Sempre me perguntam por que eu assisto aos treinos livres da F1. Para quem é fã da F1, só de ver um carro da categoria andando já emociona. Mas, além disso, é nos treinos livres onde começamos a identificar como carro está andando, qual setup está dando mais resultados, com que tipo de pneu cada carro está mais rápido, etc. Mas é também nos primeiros treinos, com a pista ainda suja e sem borracha e com os pilotos ainda buscando o melhor acerto é que acontecem as rodadas, as traseiradas e os passeios pela grama por perda do ponto exato de frenagem. Nos treinos classificatórios e na corrida os carros já estão com o acerto no máximo e os erros são menos frequentes.
E hoje houve tudo isso no Canadá. Por ser uma pista praticamente de rua (fica dentro do parque, ao lado de onde foram disputadas as regatas das olimpíadas de 1976), quase não há área de escape. Se escapar dá no muro. Foi o que aconteceu com Vettel, Sutil, Kobayashi e D'Ambrosio.
Vettel deu no muro dos campeões (que tem esse nome por alguns campeões mundiais já bateram em anos anteriores, os mais recentes Schumacher e Jacques Villeneuve), na entrada da reta dos boxes. Foi o primeiro, logo de manhã. Parece que seu Red Bull não rendia muito com os pneus macios amarelos e ele forçou. Escapou de traseira na primeira perna da chicane e foi de frente no muro. Igualzinho acontece no game F1 2010 (quem joga sabe do que eu tô falando). Sutil (Force India) já no treino da tarde bateu estranhamente na segunda perna da chicane 3, na Pont de La Concorde. Parece que seu carro deu uma apagada e ele escapou de frente. Depois foi o Kobayashi (Sauber). Igual ao Vettel de manhã, mas na chicane 2. Treino interrompido. Treino reiniciado e o Jerôme D'Ambrosio (Marussia-Virgin) ficou com inveja do Kobayashi e bateu no mesmo ponto de forma muito parecida.
Fora isso, foi um festival de finas nos muros e traseiradas de prender a respiração. O Massa foi protagonista de várias delas. É lindo ver um F1 escapar de traseira, lamber o muro e o piloto controlar. A mais linda foi a do Kovalainen, da Lotus verde. O carro ficou quase totalmente de lado e também lambeu o muro onde já haviam batido Kobayashi e D'Ambrosio.
Já em relação aos tempos, a Ferrari confirmou a expectativa. Com os pneus macios amarelos (os times chegaram a testar um composto médio com as letras brancas no logo da Pirelli) Alonso ficou em segundo de manhã, atrás de um surpreendente Rosberg (Mercedes), com Felipe em quarto. Á tarde o espanhol andou muito e, já com os pneus super macios vermelhos, ficou em primeiro. Com uma pilotagem agressiva e eficaz dominou praticamente toda a sessão. Massa também andou bem, ficando em terceiro, mas como sempre meio segundo atrás do Alonso. A cada dia Massa demonstra que está ficando para trás dentre os pilotos de ponta como Alonso, Hamilton, Button e Vettel. Hoje ele está competindo com Webber e com as Lotus Renault. Massa é um piloto agressivo, capaz de lindas manobras e ultrapassagens, mas não consegue ser rápido como Alonso, Hamilton e Vettel. Destes, para mim, o Hamilton é o melhor. Mas ficou só em 4º hoje com Button em 5º. Além dos principais, teve o Paul di Resta, que colocou seu Force India numa excelente 6ª colocação (a Force India sempre anda bem em circuitos com longas retas) a Mercedes despencou à tarde, a Williams mostra recuperação com o Barrichello ficando em 10º e o venezuelano Pastor Maldonado em 12º, a Lotus Renault ficou com Petrov em 8º e Heidfeld em 9º correndo sob pressão (porque não colocam logo o Bruno Senna para correr? Na GP2 ele corria junto com o Petrov e andava na frente dele). Sempre achei o Heidfeld um piloto fraco.
O fato curioso do dia foi a substituição do mexicano Sergio Pérez (Sauber) pelo espanhol Pedro de La Rosa que corria em seu lugar no ano passado.  Pérez, que sofreu aquele grave acidente nos treinos de Mônaco na semana retrasada, não se sentiu bem após o treino da manhã e não vai correr no Canadá. O engraçado é que de La Rosa é piloto reserva da McLaren e, portanto treinou e correrá com o macacão da McLaren. É como se um jogador reserva do Corinthians fosse convidado para substituir alguém no Palmeiras e usasse o manto sagrado do Timão para jogar.
O favorito para a pole amanhã, até aqui, é o Alonso. Isso se a Red Bull não tiver escondido o ouro hoje. Apesar desta pista não favorecer tanto as Red Bull, já que não tem curvas de alta onde a aerodinâmica mais refinada de Adrian Newey se sobressai. 
Vamos torcer para o Hamilton não fazer a pole e dar show no domingo.



Fernando Alonso rides the kerbs in his Ferrari

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Crazy Drivers

É por isso que eu amo automobilismo...


Expectativa para Montreal

A F1 desembarca no Canadá neste fim de semana e a expectativa é de uma corridaça. O circuito Gilles Villeneuve, em Montreal tem retas enormes, que junto com o ERS (nova sigla do KERS)  e da asa móvel (DRS, mais uma sigla desta sopa de letrinhas) promete proporcionar muitas ultrapassagens. Acho que baterá o record novamente. Em Istambul, na Turquia, foram 113 ultrapassagens.
A Ferrari, ou melhor, o Alonso poderá se aproveitar novamente do uso de pneus macios e super-macios para tentar pressionar Red Bull e Mclaren, mas será Hamilton que poderá pintar como favorito. Hamilton é o piloto mais macho da F1 atual. Mete o carro de lado e o outro que se vire (ou reclame, ou chore...). Tomara que ele não consiga a pole, pois largando mais de trás o show é garantido. Além disso, Montreal tem algo especial para ele, foi onde ele conseguiu sua primeira vitória, fez uma cagada enorme em 2008, batendo no Raikkonen e no Kubica na saída dos boxes que estava com farol vermelho, e venceu com autoridade no ano passado (em 2009 não houve corrida lá), depois de uma pole conseguida no braço (e no braço teve que empurrar o carro após sua volta rápida, por falta de gasolina).
Enfim, não percam pois esta promete ser uma corrida roda a roda o tempo todo. Like the old times.

Renascimento?

 O fim de semana do dia 28/29 de maio foi espetacular para quem gosta de esportes. No sábado, o Barcelona deu um show que nos fez lembrar-se da época do futebol arte. O Barcelona é o time dos sonhos. Quando achamos que o Iniesta não vai conseguir chegar na bola ele chega e domina com classe. O Messi já está entre os cinco maiores da história. Ele me fez voltar a gostar de futebol. O toque de bola envolvente, o entrosamento (parece transmissão de pensamento), o vigor físico, tudo beira a perfeição. Meu pai, um fanático da bola, ficou extasiado com tamanho espetáculo. Mas ainda sou mais fã de automobilismo.
   No domingo, duas corridas que, apesar de toda a tradição e do glamour, sempre tiveram poucas emoções. Alguns anos chegava a dar sono. Foi com essa expectativa que acordei de manhã para assistir o GP de Mônaco de F1. Vettel iria ganhar fácil e a corrida seria aquela procissão. Bom pelo menos sempre tem algum enrosco na primeira curva. Safety Car na primeira volta. Enfim, largaram e na primeira curva nada. Falei ferrou, acabou a corrida. De repente vejo o Schumacher dando um lindo passão sobre o Hamilton na Lowes. Caraca! Na Lowes (ainda se chama Lowes?)? Acordei um pouco mais. O Hamilton babando atrás do Schumacher, com o orgulho ferido. Entra colado na reta-curva (como disse Galvão Bueno), põe de lado e sobe a Saint Devote na frente. Quase o Schumacher dá no guard-rail. Depois foi uma sucessão de outras belas ultrapassagens, como o Barrichello sobre o próprio Schumacher na Mirabeu, do Hamilton sobre o Massa (apesar da forçada), que começou na Lowes e terminou no túnel com o Massa no muro, do Kobayashi sobre o Sutil também na Mirabeu, do Massa sobre o Rosberg na Tabacaria. Parecia um sonho! Não vibrava assim por uma corrida desde os anos 80/90. Pena que estragaram o final. Queria ver se o Alonso teria cujones para passar o Vettel com pneus no osso.
    Á tarde, ainda empolgado pela F1 de manhã me preparei para assistir a Indy 500. Corrida longa, com algumas disputas, mas aquilo, somente nas últimas 50 voltas é que a corrida pega mesmo. E no final as estratégias de boxes começam a mostrar que acertou e quem errou. Danica Patrick desponta. Seria legal ver uma mulher vencer pela primeira vez a Indy 500. Nada, splash-and-go pra ela. Aí surge o tal do Bertrand Baguette. Será que esse cara é dono de padaria? Bom, só se for de várias. Splash-and-go pra ele também. O líder da vez então é o estreante americano JR Hildebrand. E parece que ele não vai precisar mais parar. Última volta. As arquibancadas se levantam. Um americano vencendo sua prova de estréia da Indy 500? Já comecei imaginar ele nos David Letterman, Jay Leno e Oprah Winfrey da vida (ops, o programa da Oprah não existe mais) e toda aquela patriotada caipira dos americanos. Acho que ele já estava pensando nisso também e se distraiu. Putz!?!? Bateu sozinho na última curva! O carro se arrastando parecia que ainda daria pra cruzar em primeiro, afinal faltavam poucos metros. Mas surge o inglês Dan Wheldon e passa em primeiro. Inacreditável. Histórico. Justo Dan Wheldon que havia perdido a vaga na equipe do JR Hildebrand para o próprio Hildebrand! 
    Como se diz: de tempos em tempos a história se repete. Acho que estamos presenciando o renascimento da competição, do talento. Ousadia, treinamento e talentos (que também só aparecem de tempos em tempos) prometem trazer de volta o espetáculo nos esportes. Vamos aproveitar o quanto durar.

Welcome!

Bem vindo leitores, blogueiros, netmaníacos e visitantes em geral.
Este blog promete ser um canal para falar a verdade nua e crua neste país. Estamos cheios até a tampa com as  mazelas deste país e portanto pretendo fazer uma análise crítica e fria, sem nenhum protecionismo, de tudo que considero errado neste país. Seja o governo ou o povo (que tem sua grande parcela de culpa), comentarei aqui os fatos e acontecimentos do dia a dia.
Mas como não sou só azedo, prometo fazer análises bem humoradas também e elogiar sempre que o fato for merecedor. Este blog também é destinado àqueles que como eu adoram carros e corridas de carros, principalmente a F1, minha paixão. A cada prova, a partir da próxima, farei uma análise sobre todo o fim de semana de corrida, sem ufanismo, seguindo a linha do nome do blog: A verdade nua e crua, doa a quem doer.
Não será um blog rancoroso e mal humorado, mas apenas uma humilde tentativa de abrir os olhos desta população bovina movida a novela da globo e bbb.
Espaço aberto para críticas e sugestões e envio de fatos e informações.
Enjoy.