quinta-feira, 9 de junho de 2011

Renascimento?

 O fim de semana do dia 28/29 de maio foi espetacular para quem gosta de esportes. No sábado, o Barcelona deu um show que nos fez lembrar-se da época do futebol arte. O Barcelona é o time dos sonhos. Quando achamos que o Iniesta não vai conseguir chegar na bola ele chega e domina com classe. O Messi já está entre os cinco maiores da história. Ele me fez voltar a gostar de futebol. O toque de bola envolvente, o entrosamento (parece transmissão de pensamento), o vigor físico, tudo beira a perfeição. Meu pai, um fanático da bola, ficou extasiado com tamanho espetáculo. Mas ainda sou mais fã de automobilismo.
   No domingo, duas corridas que, apesar de toda a tradição e do glamour, sempre tiveram poucas emoções. Alguns anos chegava a dar sono. Foi com essa expectativa que acordei de manhã para assistir o GP de Mônaco de F1. Vettel iria ganhar fácil e a corrida seria aquela procissão. Bom pelo menos sempre tem algum enrosco na primeira curva. Safety Car na primeira volta. Enfim, largaram e na primeira curva nada. Falei ferrou, acabou a corrida. De repente vejo o Schumacher dando um lindo passão sobre o Hamilton na Lowes. Caraca! Na Lowes (ainda se chama Lowes?)? Acordei um pouco mais. O Hamilton babando atrás do Schumacher, com o orgulho ferido. Entra colado na reta-curva (como disse Galvão Bueno), põe de lado e sobe a Saint Devote na frente. Quase o Schumacher dá no guard-rail. Depois foi uma sucessão de outras belas ultrapassagens, como o Barrichello sobre o próprio Schumacher na Mirabeu, do Hamilton sobre o Massa (apesar da forçada), que começou na Lowes e terminou no túnel com o Massa no muro, do Kobayashi sobre o Sutil também na Mirabeu, do Massa sobre o Rosberg na Tabacaria. Parecia um sonho! Não vibrava assim por uma corrida desde os anos 80/90. Pena que estragaram o final. Queria ver se o Alonso teria cujones para passar o Vettel com pneus no osso.
    Á tarde, ainda empolgado pela F1 de manhã me preparei para assistir a Indy 500. Corrida longa, com algumas disputas, mas aquilo, somente nas últimas 50 voltas é que a corrida pega mesmo. E no final as estratégias de boxes começam a mostrar que acertou e quem errou. Danica Patrick desponta. Seria legal ver uma mulher vencer pela primeira vez a Indy 500. Nada, splash-and-go pra ela. Aí surge o tal do Bertrand Baguette. Será que esse cara é dono de padaria? Bom, só se for de várias. Splash-and-go pra ele também. O líder da vez então é o estreante americano JR Hildebrand. E parece que ele não vai precisar mais parar. Última volta. As arquibancadas se levantam. Um americano vencendo sua prova de estréia da Indy 500? Já comecei imaginar ele nos David Letterman, Jay Leno e Oprah Winfrey da vida (ops, o programa da Oprah não existe mais) e toda aquela patriotada caipira dos americanos. Acho que ele já estava pensando nisso também e se distraiu. Putz!?!? Bateu sozinho na última curva! O carro se arrastando parecia que ainda daria pra cruzar em primeiro, afinal faltavam poucos metros. Mas surge o inglês Dan Wheldon e passa em primeiro. Inacreditável. Histórico. Justo Dan Wheldon que havia perdido a vaga na equipe do JR Hildebrand para o próprio Hildebrand! 
    Como se diz: de tempos em tempos a história se repete. Acho que estamos presenciando o renascimento da competição, do talento. Ousadia, treinamento e talentos (que também só aparecem de tempos em tempos) prometem trazer de volta o espetáculo nos esportes. Vamos aproveitar o quanto durar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário