
A fórmula 1 entra em férias neste mês de agosto e o assunto que dominará o circo será o que a Ferrari fará com Felipe Massa em 2013.
É uma pena o que aconteceu com a
carreira de Massa. Filho e sobrinho de piloto (seu pai e seu tio foram destaque
da extinta Formula Uno, campeonato de turismo que era disputado com carros Fiat
Uno), Massa começou sua carreira no Kart em 1990. Em 1998 foi campeão
brasileiro de Formula Chevrolet, extinta categoria de monopostos. No ano
seguinte foi para Europa e se sagrou, no mesmo ano, campeão italiano e europeu
de Formula Renault. Em 2001, foi para F3000 e conquistou de forma avassaladora
(6 vitórias em 8 corridas) o campeonato europeu da categoria. Obviamente chamou
a atenção das equipes da F1. Principalmente a Ferrari que o contratou e
promoveu sua entrada na F1.
Em 2002, com o apoio da equipe
italiana, estreou na Sauber no lugar deixado por Kimi Raikkonen que foi para a
McLaren.
Desde o início, Massa se mostrou
um piloto extremamente agressivo. Cometeu erros comuns para um piloto em início
de carreira, mas um episódio acabou lhe prejudicando: o primeiro piloto era
então o Nick Heidfeld (um dos maiores enganadores da F1), que já estava há
alguns anos na equipe Sauber. No GP da Alemanha Massa estava à frente de Heidfeld e foi
notificado pelo rádio para dar passagem ao piloto alemão. Recusou-se e azedou a
relação com a equipe.
No ano seguinte Felipe foi
demitido da equipe e ficou um ano como piloto de testes da Ferrari. Voltou no
ano seguinte, em 2004 na própria Sauber. Já sem Nick Heidfeld, mas com o
campeão mundial Jacques Villeneuve como companheiro de equipe. Todos esperavam
que Massa fosse aprender com Villeneuve, mas o que se viu foi um massacre de Felipe.
Em 2006, Massa finalmente chegava a uma equipe de ponta e assumiria o lugar de
Barrichello na Ferrari que já o tinha como um filho pródigo ao lado de Schumacher,
chegando a andar na frente do alemão em alguns momentos.
Entre altos e baixos, Felipe foi
muito bem, conseguiu suas primeiras vitórias e se consolidou como piloto de
ponta. Mesmo depois da aposentadoria de Schumacher e a vinda de Raikkonen,
conquistando o seu título mundial no primeiro ano na equipe, em 2007.
Em 2008 era um excelente piloto e cheguei a
pensar que teríamos um piloto brasileiro fodão novamente, mas após a tragédia
nunca mais foi o mesmo. A tragédia não foi seu acidente e sim a chegada de
Alonso na equipe. Nos testes de pré-temporada de 2010, Massa foi sempre mais
rápido que Alonso. Igualmente na primeira prova daquela temporada, no Bahrein,
quando largou na frente de Alonso. Mas na primeira curva Alonso jogou seu carro
pra cima de Massa e ele afinou. Já deu um certo abalo na sua confiança. Depois,
na China, aquela ultrapassagem vergonhosa na entrada dos boxes. Massa, que
entrou nos pits na frente, deveria ter mais “big balls” e não deixar Alonso
passar. Mesmo que batessem os dois. Mesmo que fosse demitido pela Ferrari,
estaria em melhor situação agora, em outra equipe (Red Bull ou Lotus,
provavelmente). Depois veio a prova da Alemanha e o famoso “Alonso is faster
than you”, onde foi obrigado a dar a primeira posição para Alonso. Esta foi a
pá de cal. Depois disso, até hoje Massa caminha para trás. Deveria ter saído da
Ferrari antes. Hoje, com a cotação em baixa, dificilmente conseguirá um bom
carro para guiar. Se confirmar o boato de Raikkonen de volta à Ferrari, surge
uma boa vaga na Lotus. Seria a redenção para Massa. Novos ares e novos desafios
fariam bem a ele.
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